Futebol americano: ligas, regras e como apostar com estratégia

O futebol americano, principal esporte dos Estados Unidos, ultrapassou fronteiras e conquistou o mundo com sua intensidade, tática apurada e a emoção do touchdown.

E o Brasil não ficou de fora. De acordo com dados do IBOPE Repucom, o país tem em torno de 37 milhões de fãs do esporte — atrás apenas dos Estados Unidos e do México.

Não à toa, a principal liga dos EUA, a NFL, voltou seus olhos ao mercado brasileiro. Em 2024, por exemplo, a liga realizou seu primeiro jogo oficial na América do Sul. O momento histórico aconteceu na Neo Química Arena, em São Paulo, entre os badalados Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, com vitória de virada dos Eagles.

Em 2025, a cidade de São Paulo receberá novamente um jogo da NFL. Dessa vez, a partida será entre o Los Angeles Chargers contra o atual vice-campeão da competição, o Kansas City Chiefs. 

E esse movimento impulsiona diretamente o cenário nacional, pois dá mais visibilidade aos campeonatos e times brasileiros. Além disso, o crescimento do esporte impacta o mercado de apostas esportivas, que proporciona oportunidades para quem gosta de transformar análises em bons palpites.

E apesar do aumento do sucesso, ainda é comum encontrar quem não entenda bem as regras e a dinâmica do jogo. Por isso, preparamos este guia completo para você aprender como o jogo funciona, conhecer as principais ligas e descobrir os principais mercados de apostas. Acompanhe!

O que é e como funciona o futebol americano?

Esse esporte se baseia em conquista de território e precisão estratégica. O objetivo principal é simples: avançar com a bola até a endzone adversária (área de pontuação) e marcar o maior número de pontos possível.

As jogadas envolvem ataques coordenados, defesas robustas e ações explosivas em campo. Tudo pensado para conquistar jardas, que são as unidades de medida do campo e se associam à pontuação.

Veja abaixo as características principais desse esporte.

Estrutura do campo e pontuação

O campo mede 53,5 jardas de largura (48,9 metros) e 120 jardas de comprimento (109,7 metros), sendo 10 jardas para cada endzone e 100 para a área central de jogo. As traves têm formato de “Y” e se posicionam nas extremidades.

Tempo de jogo e funcionamento

O jogo se divide em quatro quartos de 15 minutos. E o juiz para o relógio em situações específicas, como passes incompletos, saídas de campo e pontuações. Nos minutos finais de cada metade, as paradas costumam ser ainda mais frequentes.

O motivo dessas paradas? Nos 2 minutos finais do segundo quarto e nos 5 minutos finais do último quarto, o jogo entra em um momento chamado informalmente de “crunch time” (hora da crise).

Durante o crunch time, a tensão aumenta, o relógio é um fator crucial, e as estratégias são intensificadas para maximizar as chances de pontuar ou impedir o adversário de avançar.

É o momento em que as jogadas são mais críticas e os jogadores “clutch” (que se destacam em momentos decisivos) costumam brilhar.

Substituições e desafios

Cada equipe tem 11 jogadores em campo, com substituições ilimitadas. Os treinadores podem desafiar até duas decisões da arbitragem e ganhar um terceiro desafio se os dois primeiros estiverem corretos.

Equipamentos obrigatórios

Devido à intensidade e frequência de impactos, esse esporte exige equipamentos rígidos para proteger os atletas, como:

• capacete com viseira;
• protetores de ombro, peito, coxa e joelhos;
• protetores genitais e, opcionalmente, de costelas.

Essas proteções também estão presentes no futebol americano feminino, que cresce no Brasil com mais competições e visibilidade.

Quais são as regras do futebol americano?

Agora que você já entendeu os aspectos-base, é hora de conhecer as regras do futebol americano, como posicionamento, avanço, pontuação e penalidades.

Apesar de parecer complexo no início, o jogo segue uma lógica com base em território e tempo.

Abaixo, explicamos os fundamentos desse esporte.

Começo do jogo

A partida começa com o famoso kickoff (chute inicial), que acontece após o sorteio da moeda. E o time que recebe a bola tem duas opções:

• retornar o chute e tentar avançar no campo;
• ajoelhar na endzone para começar sua campanha ofensiva a partir da linha de 30 jardas (ou 20, conforme a jogada).

Desde 2024, a NFL alterou as regras do kickoff para reduzir lesões, com novo posicionamento dos jogadores e áreas obrigatórias de retorno, mas sem perder a emoção da retomada de posse.

Por exemplo, antes, o time que chutava saía da linha de 35 jardas e os jogadores corriam em direção ao adversário logo após o chute. Agora, eles se alinham na linha de 40 jardas da equipe que receberá a bola e só podem se mover quando o retorno começa.

Além disso, antes, se a bola caísse na endzone, o retornador podia ajoelhar para começar o ataque na linha de 25 jardas. Agora, se o chute cair entre a linha de 20 jardas e a endzone, o jogador é obrigado a retornar a bola.

Avanço por jardas

O ataque tem quatro tentativas (descidas) para avançar pelo menos 10 jardas. Se conseguir, ganha mais quatro chances. O avanço acontece por duas formas:

• passe: geralmente do quarterback para um recebedor;
• corrida: normalmente feita pelo running back.

Se não conseguir as 10 jardas, o time perde a posse.

Tipos de pontuação

As regras do futebol americano determinam a pontuação do jogo da seguinte forma:

• touchdown (6 pontos): quando um jogador entra na endzone com a posse da bola, correndo ou recebendo um passe. A posse precisa ser clara — ou seja, o atleta deve ter domínio e os dois pés dentro da área;
• extra point (1 ponto): após o touchdown, o time pode tentar um chute entre as traves (como um pênalti) para somar um ponto adicional;
• conversão de 2 pontos: em vez do chute, o time pode optar por tentar uma nova jogada para entrar novamente na endzone. Se conseguir, marca mais 2 pontos;
• field goal (3 pontos): chute entre as traves durante uma jogada normal, geralmente quando o time está longe da endzone;
• safety (2 pontos): quando a defesa consegue derrubar o jogador do ataque dentro da própria endzone ou força uma falta nessa área.

Perda de posse: fumble e interceptação

Essa regra diz respeito à defesa. Durante uma partida, o ataque pode perder a posse da bola de duas formas principais: fumble ou interceptação.

Essas jogadas, chamadas de turnovers, representam uma virada importante no jogo, já que a defesa assume o controle da bola imediatamente. Entenda como acontece cada uma delas.

Fumble

• Ocorre quando o jogador deixa a bola cair antes do fim da jogada, seja correndo, após receber um passe ou por um impacto da defesa;
• Quem recuperar primeiro a bola, com domínio, fica com a posse. Se for a defesa, o time adversário entra em campo a partir daquele ponto.

Interceptação

• Acontece quando um defensor captura um passe do quarterback no ar, antes da bola tocar o chão;
• Após a interceptação, o defensor pode avançar. A posse muda e o time defensor passa a atacar do local onde a jogada se encerrou.

Penalidades comuns

O objetivo das penalidades, assim como em qualquer outro esporte, é punir infrações cometidas pelos jogadores durante a partida. Nesse caso, as punições geralmente resultam em perda ou ganho de jardas, o que pode mudar completamente o ritmo do jogo.

Algumas das penalidades mais comuns são:

• offside: quando um jogador da defesa se movimenta ou cruza a linha de scrimmage (linha de início da jogada) antes do lançamento da bola. Resulta em 5 jardas a favor do ataque;
• holding: ocorre quando um jogador agarra ou segura o adversário ilegalmente e impede o seu movimento. Pode ser cometido tanto pelo ataque quanto pela defesa, com penalizações diferentes (geralmente 10 jardas);
• pass interference: acontece quando um defensor impede um recebedor de tentar pegar a bola antes de ela chegar às mãos, ao empurrar, segurar ou bloquear de forma ilegal. Normalmente, o ataque ganha o avanço até o ponto da falta.

Essas penalidades são sinalizadas pelos árbitros com uma bandeira amarela jogada no campo e podem decidir lances-chave da partida.

Quais são os melhores jogadores do mundo?

Cada posição em campo exige um tipo de habilidade e leitura diferente da partida, o que valoriza ainda mais os melhores jogadores da modalidade. Nas principais ligas, como a NFL e a liga universitária NCAA, atletas de elite se destacam em diferentes funções ofensivas, defensivas e nos times especiais.

A seguir, confira as posições mais importantes e os principais nomes em cada uma delas.

Quarterback (QB)

O quarterback é o cérebro do ataque. Isso porque tem a responsabilidade de organizar jogadas, passar a bola, comandar o ritmo e tomar decisões em segundos.

Os melhores jogadores nessa posição são:

• Patrick Mahomes (Kansas City Chiefs);
• Lamar Jackson (Baltimore Ravens);
• Josh Allen (Buffalo Bills);
• Aaron Rodgers (Pittsburgh Steelers);
• Russell Wilson (New York Giants).

Running Back (RB)

Responsáveis pelas jogadas de corrida, os RBs precisam de força e explosão. Além de avançarem com a bola, podem receber passes ou ajudar na proteção do quarterback.

Os melhores jogadores nessa posição são:

• Derrick Henry (Baltimore Ravens);
• Christian McCaffrey (San Francisco 49ers);
• Saquon Barkley (Philadelphia Eagles).

Wide Receiver (WR)

Os recebedores seguem rotas para receber passes e avançar o máximo possível. São velozes, técnicos e decisivos.

Os destaques incluem nomes, como:

• Justin Jefferson (Minnesota Vikings);
• Ja’Marr Chase (Cincinnati Bengals);
• CeeDee Lamb (Dallas Cowboys);
• Mike Evans (Tampa Bay Buccaneers).

Linha ofensiva (OL) e Tight Ends (TE)

A linha ofensiva é formada por jogadores que protegem o quarterback e criam espaço para as corridas. Já os tight ends acumulam funções de bloqueio e recepção.

Destaques Linha ofensiva (OL):

• Trent Williams (San Francisco 49ers);
• Quenton Nelson (Indianapolis Colts);
• Creed Humphrey (Kansas City Chiefs).

Destaques Tight Ends (TE):

• Travis Kelce (Kansas City Chiefs);
• George Kittle (San Francisco 49ers);
• Mark Andrews (Baltimore Ravens).

Linha defensiva (DL) e Linebackers (LB)

A defesa começa com os tackles e ends, que pressionam o quarterback e fecham espaços. Já os linebackers lideram o sistema defensivo ao cobrirem corridas e passes.

Destaques DL:

• Nick Bosa (San Francisco 49ers);
• Myles Garrett (Cleveland Browns);
• DeForest Buckner (Indianapolis Colts).

Destaques LB:

• Micah Parsons (Dallas Cowboys);
• Fred Warner (San Francisco 49ers);
• Roquan Smith (Baltimore Ravens).

Secundária: Cornerbacks (CB) e Safeties (S)

Esses jogadores são os “guardiões” contra o jogo aéreo: cobrem recebedores, interceptam passes e evitam big plays (grandes jogadas).

Destaques CBs:

• Jalen Ramsey (Miami Dolphins);
• Sauce Gardner (New York Jets);
• Pat Surtain II (Denver Broncos).

Destaques Safeties:

• Minkah Fitzpatrick (Pittsburgh Steelers);
• Kyle Hamilton (Baltimore Ravens);
• Derwin James (Los Angeles Chargers).

Especialistas: Kickers e Punters

Os Kickers chutam field goals e pontos extras, enquanto os Punters reposicionam o adversário com chutes longos.

Destaques Kickers:

• Justin Tucker (Baltimore Ravens);
• Harrison Butker (Kansas City Chiefs);
• Younghoe Koo (Atlanta Falcons).

Destaques Punters:

• AJ Cole (Las Vegas Raiders);
• Johnny Hekker (Carolina Panthers);
• Bryan Anger (Dallas Cowboys).

Principais ligas e os melhores times do mundo

As duas principais ligas mundiais são a NFL (National Football League) e a NCAA (liga universitária dos EUA).

A NFL é a elite do esporte e reúne os melhores jogadores e times profissionais do planeta. Entre os destaques, estão:

• Kansas City Chiefs: com três títulos nos últimos cinco anos, é casa do famoso quarterback Patrick Mahomes;
• San Francisco 49ers: defesa forte e tradição histórica no país;
• Philadelphia Eagles: vencedor do Super Bowl 2025, é uma equipe equilibrada com ofensiva dominante;
• Buffalo Bills: jogo explosivo liderado por Josh Allen;
• Dallas Cowboys: tem uma das maiores torcidas da liga.

A NCAA, por sua vez, é a principal porta de entrada para os futuros atletas da NFL. Programas específicos, como Alabama, Georgia, Michigan e Ohio State, se destacam pela formação de talentos e por suas torcidas apaixonadas.

A combinação entre desempenho técnico e estrutura transforma a NCAA em um berço de grandes nomes do esporte.

Futebol americano feminino: nomes e crescimento

A modalidade feminina ganha cada vez mais espaço dentro e fora dos Estados Unidos. Ligas, como a WFA (Women’s Football Alliance) e a IWFL (Independent Women’s Football League), organizam campeonatos completos de alto nível técnico e grande público.

Entre as jogadoras mais conhecidas dos EUA, estão:

• Santia Deck, running back conhecida por sua velocidade e contratos com grandes marcas;
• Lisa Horton, quarterback veterana e multicampeã;
• Lo Locust e Jennifer King, ex-jogadoras que quebraram barreiras e se tornaram as primeiras mulheres a integrar comissões técnicas na NFL.

Além das ligas, torneios, como o Mundial da IFAF (Federação Internacional de Futebol Americano), ajudam a impulsionar a modalidade em países emergentes.

Quais as principais ligas do futebol americano no Brasil?

A Liga BFA (Brasil Futebol Americano) se destaca, afinal, é a maior competição da modalidade no hemisfério sul. A última edição reuniu mais de 70 equipes e 5 mil atletas, com jogos em mais de 20 estados.

Times, como o Timbó Rex (SC), Galo FA (MG), Coritiba Crocodiles (PR), João Pessoa Espectros (PB) e Vasco Almirantes (RJ) estão entre os mais competitivos do país.

Outro torneio relevante é o Campeonato Brasileiro, que contou com 46 times participantes e ajuda a expandir o esporte nacionalmente.

Entre os melhores jogadores em atividade no Brasil, vale destacar nomes, como:

• Luis Polastri (Almirantes FA): reconhecido como um dos quarterbacks mais consistentes do cenário nacional;
• Ryan “Canela” David (Galo FA): destaque defensivo, frequentemente convocado para a seleção brasileira;
• Eduardo Maranhão (Fortaleza Tritões): amplo histórico como wide receiver, com atuação em times de ponta;
• Igor Mota (Cuiabá Arsenal): referência como kicker e linebacker, com passagens por grandes equipes;
• Victor Vilaça (Timbó Rex): um dos running backs mais produtivos da liga brasileira nos últimos anos.

Futebol americano feminino no Brasil

Já em relação ao futebol americano feminino no país, o futuro é promissor. A X League, principal liga feminina dos EUA, anunciou parceria com a Effect Sport para estruturar a modalidade no Brasil e na América do Sul.

O projeto visa organizar temporadas regulares, atrair patrocínios e desenvolver as atletas, o que torna o cenário ainda mais animador para o crescimento da modalidade feminina em solo brasileiro.

No cenário nacional, os melhores times incluem o Galo FA Feminino (MG), Brasil Devilz (SP), Valkirias FA (PR), Cuiabá Arsenal (MT) e Cariocas FA (RJ) — equipes que se destacam em campeonatos regionais e nacionais.

Entre as melhores jogadoras do país, estão:

• Luiza Esteves (Galo FA Feminino): quarterback e líder do time, com diversas conquistas nacionais;
• Letícia “Leti” Nery (Vasco Almirantes): destaque como wide receiver, presença constante em finais nacionais;
• Gabriela “Gabi” Farias (Corinthians Steamrollers): running back de grande impacto e performance;
• Juju Harris (Florida United/Brasil): jovem promessa, destaque em torneios internacionais e base da seleção brasileira;
• Amanda Araújo (João Pessoa Espectros): defensora sólida e com várias convocações para a seleção.

Como apostar nas principais ligas?

Apostar no esporte pode ser empolgante e estratégico, especialmente nas grandes ligas, como NFL, NCAA, Campeonato Brasileiro e Liga BFA. Para começar, é importante entender os mercados mais comuns e promissores no esporte.

Na Betsson, você pode apostar em diferentes cenários de jogo, antes ou durante as partidas. A seguir, veja os principais mercados.

• Resultado final: quem vence a partida (inclusive com prorrogação);
• Handicap (linha de pontos): aposta com vantagem ou desvantagem para equilibrar o confronto quando há um favorito declarado;
• Total de pontos (over/under): previsão do número total de pontos na partida;
• Touchdown do jogador: apostar em quem marcará um touchdown;
• Vencedor do campeonato: palpites futuros, como campeão da temporada;
• Apostas ao vivo: com odds dinâmicas, que mudam conforme o andamento da partida, é possível apostar em tempo real.

Compreender os times, o desempenho dos jogadores (inclusive lesões e desfalques) e o estilo de jogo de cada franquia pode aumentar suas chances de sucesso nos palpites.

Porém, lembre-se sempre de apostar com responsabilidade e nunca ultrapassar o seu limite financeiro. É para se divertir e não se endividar, combinado?

E para apostar com segurança, acesse a Betsson, explore os mercados e faça suas apostas esportivas nas maiores ligas do mundo!